Os riscos de não atualizar os sistemas operacionais da sua empresa

Você tem o costume de atualizar os sistemas operacionais do seu equipamento? Estamos falando daqueles avisos de atualização que aparecem em nossa tela de computador ou celular, e muitas vezes ignoramos, automaticamente clicando no botão de “mais tarde”. Caso você se identificou com essa situação, você faz parte dos 98% dos usuários que não atualizam seus softwares, apps e sistemas operacionais, de acordo com a USENIX (associação norte-americana de profissionais de TI)

Infelizmente, só nos lembramos e percebemos o quão incorreto é essa ação depois, quando enfrentamos problemas e erros de execução nos processos do computador. Mas o que muitos não sabem é que a falta de atualização pode causar consequências ainda mais graves. Atualmente, os sistemas desatualizados se tornaram uma das formas mais comuns de invasões de computadores em massa e de alcance global. Logo que uma falha ou vulnerabilidade é descoberta, códigos maliciosos são desenvolvidos e os equipamentos sem manutenção viram possíveis alvos de invasões cibercriminosas. 

Ou seja, atualizar sistemas não significa apenas seguir instruções de uma companhia de softwares; na verdade, é também uma prevenção para manter seus dados seguros de ataques perigosos, como ransomware.

Não sabe o que é ransomware?

Descubra mais sobre esse risco e como ele pode afetar a sua empresa em nosso texto

Por que é importante atualizar os sistemas?

A manutenção dos sistemas operacionais é uma das tarefas essenciais para garantir a segurança das informações da empresa. E não estamos falando apenas do uso de antivírus e outros sistemas, mas a própria atualização ofertada pelo fabricante serve como precaução, além de melhorar os processos diários da companhia. 

Isso porque, diariamente são descobertas falhas e brechas de segurança nos sistemas. Logo que identificadas, os desenvolvedores a eliminam e disponibilizam as atualizações necessárias para minimizá-las. Caso a atualização seja ignorada, você corre o risco de ter seus dados corrompidos, alterações no comportamento das ferramentas, e episódios de queda no sistema, levando a perda de trabalhos que não foram salvos. Tudo isso além de gerar uma porta de entrada para ataques cibernéticos. 

Portanto, criar uma rotina de atualizações contribui com a segurança e a produtividade, otimizando a performance dos profissionais, diminuindo os obstáculos, ofertando atalhos para ativação de funcionalidades, e assegurando o armazenamento e confidencialidade de dados.

Caso BlueKeep

Para exemplificar os perigos que citamos acima, podemos citar o caso que ocorreu em maio deste ano. A falha nomeada como BlueKeep, localizada na ferramenta de Área de Trabalho Remota (responsável por controlar remotamente um outro computador por meio de uma interface gráfica), foi descoberta no sistema operacional Microsoft e disparou um alerta global. 

A vulnerabilidade encontrada foi taxada como de alta severidade, em virtude da possibilidade de ataques cibernéticos de forma remota, sem necessidade de interatividade de um usuário terceiro. Isso poderia levar a uma repetição do ataque WannaCry de 2017, que infectou centenas de milhares de máquinas em pouquíssimas horas em mais de 150 países.

Esse cenário levou a Microsoft a desenvolver rapidamente e liberar atualizações para todas as suas versões, até as mais antigas, que não possuem mais suporte atualizado (como XP, o Server 2003 e 2008, o Vista e o Windows 7). Apenas o Windows 10 e o Windows 8.1 estavam imunes a falha, segundo a empresa. Todavia, mesmo duas semanas depois, muitos ignoraram os alertas de atualização e o perigo permaneceu para mais de 1 milhão de computadores. 

“É preciso apenas um computador vulnerável conectado à Internet para fornecer uma potencial porta de entrada para toda a rede corporativa, onde o malware avançado pode se espalhar, infectando computadores em toda a empresa. Esse cenário pode ser ainda pior para aqueles que não mantiveram seus sistemas internos atualizados com as correções mais recentes, já que qualquer malware futuro também pode tentar explorar mais as vulnerabilidades que já foram corrigidas”

Frisa-se, assim, a importância de se criar uma rotina saudável de cibersegurança dentro das empresas, minimizando riscos graves que podem surgir a qualquer momento. Claro, de preferência que isso seja desenvolvido por profissionais especializados, que podem guiar e auxiliar com propriedade em momentos de alerta e possível risco.

Transições para novas versões

Como sabemos, as empresas de softwares estão constantemente desenvolvendo e lançando novas versões de seus sistemas, em busca de melhorias operacionais e de design. Assim, além de criar uma rotina de manutenção e atualização, é também necessário que sua empresa invista em versões mais recentes do sistema operacional utilizado. 

Mas por quê? O porquê é similar ao motivo que nos instiga a realizar atualizações frequentes: as novas versões são mais seguras e mais eficientes. Primeiro, os sistemas mais recentes se adaptam às novas demandas da sociedade e do mercado, oferecendo ferramentas novas ou aprimoradas. Isso coloca sua empresa em destaque e à frente da concorrência, enquanto os sistemas antigos significam um atraso e um obstáculo na execução de certas tarefas. 

Por segundo, os produtos mais antigos, com o tempo, tornam-se obsoletos. Ou seja, o ciclo de vida da versão chega ao fim, ela já não faz mais parte dos projetos executados pela marca de software, e por isso eles deixam de prestar suporte àquele sistema. 

Um exemplo disso é o Windows 7, que após 10 anos, encerra seu ciclo. Com isso, a partir de 14 de janeiro de 2020, os equipamentos com esse sistema não terão mais assistência técnica e atualizações de sistema no Windows Update disponíveis. Dessa forma, uma rotina de atualizações e o auxílio em caso de erros e problemas já não será uma possibilidade, o que torna a infraestrutura vulnerável a perigos e falhas técnicas com consequências negativas ao negócio. 

Como ação, a Microsoft recomenda a transição para novos equipamentos Windows 10. “Os computadores de hoje são mais rápidos, leves, potentes e seguros, com uma média de preço muito menor do que a dos computadores comuns de oito anos atrás”, informa o suporte da marca. Caso isso não seja possível, uma alternativa “é fazer upgrade de computadores Windows 7 compatíveis com a compra e a instalação de uma versão completa do software”.

Para saber mais sobre como proceder neste caso, acesse o comunicado do suporte da Microsoft, clicando aqui, ou nos contate. Podemos auxiliá-lo neste processo e nas rotinas de atualização da sua empresa. 

*Texto por Amanda Büneker

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