Dicas para não cair em golpes sobre coronavírus

A pandemia do COVID-19 trouxe consigo um aumento considerável de golpes e informações falsas. Conforme levantamento da Apura, empresa brasileira especializada em cibercrimes, são pelo menos 63,4 mil possíveis ameaças mencionando a palavra “coronavírus”. Esses números são um reflexo da ação de cibercriminosos que tiram proveito da relevância do tema para intensificar suas operações, e usam do medo e da curiosidade para atrair o público.

Infelizmente, em meio ao cenário de confusão e alta quantidade de informação compartilhada, torna-se ainda mais difícil de se distinguir o que é verdade e o que é  golpe ou vírus. Logo, muitos acabam caindo em golpes, colocando em risco seus dados pessoais e, às vezes, empresariais. 

Por isso, para prevenir a segurança dos seus dados e também, nos casos de trabalho remoto via equipamentos empresariais, os dados das empresas, é importante atentar-se a algumas atitudes preventivas e manter-se informado sobre os golpes que estão ocorrendo.

Atenção aos golpes do momento

Os golpes relacionados ao coronavírus podem chegar a você de diferentes maneiras. Aqui destacamos as principais formas e os golpes que foram identificados e relatados por entidades como alerta à população.  

Compreender esses formatos e estar informado sobre os golpes que estão ocorrendo ajudam a entender o contexto, a estar atento a possíveis suspeitas e a como agir em relação a elas. 

Phishing

O clássico método conhecido como phishing é hoje uma das principais ações de cibercriminosos. Ele consiste em links ou documentos maliciosos enviados via e-mail, cuja sucesso se baseia em chamadas atrativas ao usuário, levando-o a clicar ou baixar o malware sem o conhecimento.   

No caso do COVID-19, esse tipo de golpe cresceu amplamente, cerca de 124% em dispositivos móveis no mês de março, segundo informações da empresa de cibersegurança Kaspersky. 

Conforme comunicados públicos de órgãos oficiais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cibercriminosos estão agindo principalmente através de e-mails fraudulentos contendo informações e atualizações sobre os casos, passando-se por autoridades de saúde ou governamental.

Aplicativos maliciosos

Nas últimas semanas, houve um boom de aplicativos relacionados ao combate do coronavírus ou a ações sócio-econômicas, alguns desses sendo relacionados também a órgãos oficiais. Acontece que muitos deles, tanto os presentes em lojas oficias de aplicativos quanto aqueles compartilhados via WhatsApp, são falsos e existem apenas para roubar os dados pessoais inseridos pelos usuários ou infectar os equipamentos com vírus

Em âmbito global, um dos casos descobertos foi do ransomware agora conhecido como COVIDLock. Segundo a DomainTools, ele estava inserido em um aplicativo feito para o sistema Android que supostamente tinha como objetivo informar estatísticas e rastrear o COVID-19, utilizando de recursos visuais e mapas de calor. Todavia, na realidade, ao fazer o download do app, o usuário recebia uma ameaça exigindo o resgate por US$100 em bitcoin, em apenas 48 horas. Caso o prazo não fosse cumprido, seriam apagados os contatos, fotos e vídeos, assim como a memória do telefone do usuário. Felizmente, um token de desbloqueio foi descoberto.

Conheça os perigos do ransomware e como se proteger

Mais recentemente, no Brasil, tivemos o surgimentos de diversos aplicativos e sites falsos referente ao auxílio emergencial financeiro cedido pelo Governo Federal e a Caixa. Os links, enviados geralmente via WhatsApp, foram compartilhados e acessados mais de 6,7 milhões de vezes segundo o site Olhar Digital. Nesse caso, destacamos os riscos das informações compartilhadas via aplicativos de mensagem, que facilitam a propagação de informações falsas devido à falta de um protocolo de verificação ou acompanhamento.

A situação foi tão alarmante que levou a Google a bloquear procuras por “coronavírus” e “COVID-19” na loja de aplicativo para Android, a Play Store, tentando, assim, minimizar o alcance de aplicativos e informações falsas ao público geral. No caso dessas pesquisas, é apresentado apenas o link de informações da OMS. 

Domínios inválidos

Para ver a gravidade da situação, vários outros golpes circularam pelos apps de mensagem nas últimas semanas, a maioria deles divulgando sites falsos se passando por empresas ou autoridades do governo, sempre linkando assuntos e promoções à pandemia do coronavírus. 

Em um deles, a empresa de streaming de filmes e séries Netflix supostamente abria seu catálogo gratuitamente ao público. Contudo, o URL apresentado não era o domínio oficial da marca, mas sim um falso (netflix-usa.net). Ao acessar e inscrever seus dados, o usuários estavam na verdade compartilhando informações pessoais com cibercriminosos. 

Outro golpe, que ganhou grande alcance, aproveitou-se de uma informação verdadeira para enganar a população. Baseando-se na notícia de que a empresa Ambev iria produzir álcool gel como parte de uma ação social (que, na verdade, era destinada a hospitais), foram criados dois sites falsos que pediam dados das pessoas em troca da doação ou retiradas de kits de álcool gel, incentivando, ao fim, que a página fosse compartilhada com amigos e familiares. 

Por isso, atente-se sempre às informações de gratuidade, como internet gratuita ou distribuições de testes para coronavírus, essa é uma das principais abordagens dos golpes que já foram identificados. 

Atitudes preventivas

Visto todas as possibilidades de golpes existentes, é notável a importância de se prevenir. E, ao contrário do que muitos imaginam, a segurança da sua informação não está somente em grandes estratégias, mas sim são hábitos simples que podem ajudar a evitar muitas situações de risco. 

Veja as principais atitudes preventivas para não cair em golpes:

Em um momento como o atual, a proteção é importante para nossa saúde mas também para nossa segurança. No caso da segurança da informação, isso vale principalmente para as empresas que adotaram o método de trabalho home office. Para mais dicas sobre a segurança no trabalho em casa, clique aqui.

Qualquer dúvida, sinta-se à vontade para contatar-nos! Mesmo trabalhando de casa, estamos sempre disponíveis para ajudá-lo. Só chamar: (51) 997979726 ou (51) 999153978.

*Texto por Amanda Büneker

Compartilhar: